Na correria do dia a dia de bares e restaurantes, é tentador escolher um candidato com “anos de casa” em outros estabelecimentos. Mas será que experiência técnica garante um bom desempenho em equipe? Cada vez mais, a resposta é: nem sempre.
A forma como um profissional se comporta, se comunica e lida com o cliente ou com os colegas tem impacto direto no clima interno e, consequentemente, na experiência do consumidor. É aí que entram os soft skills — as habilidades comportamentais que estão salvando muitos gestores de dores de cabeça (e até da rotatividade).
Por que os soft skills importam tanto?
Em um setor que exige convivência intensa, ritmo acelerado e atenção constante ao cliente, habilidades como empatia, proatividade, escuta ativa e inteligência emocional se tornaram tão (ou mais) importantes do que saber abrir uma garrafa ou comandar uma chapa.
Experiência é importante, mas…
Claro, saber operar um sistema ou ter noções de mise en place são diferenciais — mas são aprendíveis. A atitude, a disposição para aprender, o cuidado com o coletivo e o espírito de dono, por outro lado, são muito mais difíceis de ensinar.
Dicas para contratar melhor (e manter um bom clima no time):
- Observe além do currículo. Em entrevistas, provoque situações que revelem como o candidato reage sob pressão, trabalha em equipe ou lida com frustração.
- Inclua alguém da equipe atual no processo. Isso ajuda a entender como o novo colaborador pode se integrar ao time.
- Invista na integração. Mesmo quem vem com experiência precisa ser inserido na cultura da casa desde o primeiro dia.
- Reconheça comportamentos positivos. Valorize quem colabora, acolhe colegas e ajuda a manter o clima leve. Isso reforça a cultura que você quer perpetuar.
Experiência técnica é bem-vinda. Mas se ela vier acompanhada de arrogância, inflexibilidade ou postura individualista, o estrago pode ser maior do que a solução. Contratar pela atitude — e desenvolver o restante — é um caminho seguro para formar times fortes, estáveis e preparados para entregar o que o seu negócio mais precisa: consistência e boa energia, dentro e fora da cozinha.
